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Este blog é um relato de experiências; um canal dedicado às pessoas que têm histórias, conflitos, poesias, viagens, relacionamentos para contar e pensam que as coisas malucas (e as loucuras que dão na cuca) só acontecem com elas.
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sexta-feira, 27 de março de 2009

Conflitos Intensos

Apesar de ser quase uma trintona, não acredito, mas até eu que era a mais novinha das intensas, tô velha... ui! Enfim, o fato é que apesar de todos estes anos nas costas, ainda me sinto com tantos questionamentos sobre tantas coisas. Por algum motivo, não sei exatamente qual, pensei que eu encontraria as respostas para todas as minha indagações ao decorrer dos dias, dos anos e do amadurecimento conquistado. Pensando melhor, talvez eu nem tenha parado para pensar e escutar certas inquietitudes, simplesmente fui indo, fazendo o que na hora eu podia fazer, mas sempre com um conflito interno entre o tal "certo" e o tal "errado".

Hoje consigo notar que a minha luta interna entre o "certo" e o "errado" era e é, na verdade, sobre, o certo: coisas, no sentido amplo da palavra, que os outros (próximos, importantes e/ou desconhecidos) acreditavam, mas que de uma certa maneira eu já sabia e sei que não me dizem nada. O errado: coisas que eu acreditava mas que não eram o "certo" para os outros... Mesmo tendo consciência disso, para algumas pessoas, não é tão simples assim seguir o "errado" para os outros e o nosso "certo". Muitas coisas estão envolvidas, como por exemplo, desde o receio de poder decepcionar pessoas que nos amam até ter medo de não conseguir levar a diante um plano sem contar com a aprovação e apoio de ninguém.

Sei que existem pessoas que nasceram sem este conflito. Parecem que planejaram até o dia do nascimento. Tudo flui lindamente. Estas, muitas vezes, não bebem, nunca experimentaram cigarro e nenhum tipo de droga. Nunca tiveram problema de peso, fizeram a faculdade que amavam com o apoio de todos, encontraram a sua cara metade, falam varias línguas e etc., tudo muito bonito. Tem também aqueles que, depois de um caminho todo torto, mudaram totalmente. Encontraram algo que amam e, simplesmente, se tornaram grandes profissionais, pais de família, enfim: um modelo de ser humano. E tem aqueles que não são nem o tipo da pessoa que tudo fluiu perfeitamente desde o seu nascimento e nem os que tiveram um caminho totalmente torto e continuam na luta para se descobrirem. Geralmente, estas são pessoas que se questionam muito e que não aprendem a fazer aquilo que não vem de dentro.

"Cada um, cada um". Não sei se isso é um dito popular, mas esta frase, que escuto e que eu costumo usar quando tem alguém falando sobre outro alguém e me pergunta o que eu acho sobre a tal pessoa em "pauta", é tão certa. Não adianta, cada um de nós tem uma vida, sendo guiada por milhares de acontecimentos diferentes um dos outros e estes são filtrados diferentemente através dos nossos sentimentos e crenças, que são únicos. Talvez duas pessoas nascidas na mesma família, tendo a mesma criação, filtrem o mesmo acontecimento de maneira totalmente diferente. Um mesmo acontecimento para uns pode ser um marco positivo, mas para outros não.

Tem histórias de vida, que podemos ver a toda hora na TV, ler em revistas ou jornais, que realmente são incríveis, que demonstram superação, determinação e sucesso. Estas fazem, muitas vezes, me sentir uma formiga. Então, um dia, tentei analisar tais acontecidos e notei que o que todas tinham em comum era algum tipo de estímulo, diferente um dos outros, mas que em todos os casos acho que posso denominar "isso" como a palavra APOIO. Este pode vir através de uma pessoa (presente ou não), por algo, por uma crença, ou por algum desejo de mostrar algo para alguém. Seja ele qual for, é essencial para trilharmos o nosso caminho.Escuto muitas pessoas falarem: "se queres de verdade algo, vai atrás". Acho isso puro romantismo. Não quer dizer que não consegui isso ou aquilo por não querer, posso não ter conseguido por não ter me esforçado. Ás vezes, até pode acontecer isso, mas nem sempre. E aí, que o apoio entra. Ele ajuda a trilharmos o nosso percurso sem desanimar, a sustentar o nosso "querer e poder" pelo projeto que fizemos.

Hoje, mais do que nunca, acredito no tal CLICHÊ: se fizermos o que gostamos, faremos bem. Mas, este assunto, também acho que não tem regra. Tem pessoas que conseguem aprender a fazer o que não gostam e vivem bem com isso pela vida toda. Não se questionam muito, vão indo. Outras, aprendem a fazer algo que não gostam muito e isso não é difícil de aguentar, pois proporciona outra coisa essencial para elas: dinheiro, aparência, status, etc.. Outras, nem sabem sobre o que estou falando e, com certeza, nem lerão este texto. E ainda tem outras que tentam gostar do que não gostam e serem pessoas que não são, mas não conseguem encontrar nada que deixe esta situação mais confortável. E, aí, nesta situação, o lance fica complicado, pois geralmente, a pessoa só nota isso quando está mais velho, digo, em uma idade que se imaginava estar com "tudo" no lugar: a carreira nos trilhos, namorando, ou com uma família constituída, doida(o) para ser mãe ou pai e só estaria esperando acabar de juntar a grana para comprar a casa própria. OK. Não se apavore se, por acaso, isso não está nem perto de ser a sua vida.
Se não tens nem vontade disso... CALMA! Isso pode ser o tal "conflito" batendo no teu cérebro. Reflita e pense: qual é, realmente, o teu "certo" e o teu "errado"?

A única coisa que se pode ter certeza, diante de tanta confusão, é que um ser humano, independente de ser "assim ou assado", precisa se escutar e tentar de verdade fazer algo para se tornar o seu próprio apoio, pois, só assim, se tornará aquilo que sempre desejou ser. Uma pessoa cheia de falhas que se tornou interessante justamente por todo o aprendizado que tirou de todos os dilemas internos e, às vezes, até externos, que hoje com certeza é uma pessoa que valoriza coisas que realmente tem valor, que não liga para coisas que não somam em nossas vidas, que sabe quais palavras deve escutar e quais palavras nem perde tempo em registrar. Enfim, acredito que sermos o nosso próprio apoio é a única forma de nos tornamos seres que nos orgulhamos dos seres que nos tornamos.

P.A.Z.

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