Perfil

Este blog é um relato de experiências; um canal dedicado às pessoas que têm histórias, conflitos, poesias, viagens, relacionamentos para contar e pensam que as coisas malucas (e as loucuras que dão na cuca) só acontecem com elas.
Nós somos Intensas e, se você é Intensa também, vai gostar de comentar os nossos posts.
Intensa não é sinônimo de futilidade, mas de energia, persistência e emoção.
Intensas amam demais, dedicam-se demais ao trabalho, aos filhos, ou a qualquer outra atividade que estejam realmente envolvidas.
Intensas são as mulheres do mundo moderno, como nós e como vocês. Se você também é INTENSA, este é o seu lugar.
A partir de agora, você tem um encontro marcado com cada uma de nós. Sempre terá um post novinho no blog, aguardando o seu comentário e suas reações que podem ser:
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60W - Luz Ambiente - Intensidade Moderada
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terça-feira, 18 de agosto de 2009

Os micos que pagamos por sermos "movidinhas"


Sermos "movidinhas" a homem nos faz passar por cada situação......
Era verão e nós quatro tínhamos combinado um final de semana em Garopaba, só para meninas. Estava tudo dando certo, eu consegui folga na sexta e pegaríamos a estrada na madruga para aproveitar ao máximo nosso encontro. Nessa época eu trabalhava feito uma mula e a Pati estava morando em São Paulo.Já fazia uns 6 anos que não coseguíamos passar tantos dias juntas.
Um dia antes da viagem a Sara resolveu levar um gatinho que ela estava pegando na época. Nós fomos totalmente contra, mas como o cara estava sendo legal com ela deixamos ele ir.
Durante a viagem, a Sara começou a ficar com medo do menino.....será que ele levaria um isopor cheio de cervejas para a beira da praia, usaria um shortinho preto ,daqueles que nossos pais usavam quando éramos criança, e para completar o kit ainda usaria uma camiseta de campanha política e um boné com a propaganda de uma madereira? Ou seria um tipo surfista?
Ela sempre gostou dos surfistas e não suportaria desfilar pela beira da praia com um tipo "colonão".
Para começar a "tragédia" o guri pediu para a gente pegar ele no pedágio da Freeway (o que foi uma péssima ideia, pois ele devia ter levado ela no carro dele).
Pegamos a estrada e depois de uns 30 mim de viagem ele larga a seguinte frase: " bah gurias, a primeira coisa que vamos fazer quando chegarmos é passar no super e comprar um monte de cervejas pra encher meu cooler que cabe umas 30 latas". Foi o guri acabar a frase, nós começamos a rir sem parar, compulsivamente.

Odiamos homens que se embebedam na beira da praia.
Chegamos em Garopaba e decidi não passar no super. O dia estava lindo e queria ir direto para a Silveira. Super só depois que o sol acabasse.
Terceiro momento trágico: o trage de praia do menino era exatamente o que os pesadelos da Sara previam. Ele apareceu de sunga preta da Pênalti e um bonezinho de madeireira!!!
Depois da praia fomos ao super, e compramos tudo. Inclusive a cerveja para levar para a praia no outro dia.
Sábado resolvemos pegar praia na Barrinha mesmo, mas o vento estava muito forte , então tivemos que ir caminhando até a ferrugem, cada uma com sua sacola de praia e cadeira e ele com seu "cooler".

Lá pela metade do caminho, ele olhou para a Sara e disse: " dá uma mão aí, essa ceva tá muito pesada"!
E lá se foi nossa amiga passeando pela ferrugem carregando um "cooler" cheio de ceva!!!!!!
Tadinho do guri, a gente riu dele direto o final de semana inteiro, mas ele era super querido. Cozinhava para a gente , lavava a louça e ainda era super carinhoso com a Sara. Mas, tinha um cooler de cerveja que levava para a beira da praia.


Ninguém é perfeito!

FZ

domingo, 16 de agosto de 2009

The Day After

Nunca o dia depois de uma bebedeira é um dia normal. E isso tem explicação científica. Quando ingerido, o álcool vai direto para o fígado, onde é metabolizado e depois cai na corrente sangüínea. De lá, é levado até o cérebro. A sensação inicial é de euforia, mas depois, ele passa a ter o efeito depressivo e acaba causando sonolência e diminuição dos reflexos. As características mais comuns são: tremores, enjôos, dor de cabeça e fadiga combinadas com redução na concentração e velocidade de pensamento e raciocínio. Eu disse, redução na concentração, viram? Bem, agora posso começar.

Depois de quase morrermos no meio dos fogos de artifício e tantas chandons, acordamos ás 8h da manhã meio mareadas; eu e a louca da Mone que ainda tinha àlcool nos olhos. Tínhamos que ficar prontas até ás 10h, pois a Jaque tinha ligado pra Mone e combinado de nos dar uma carona até a praia da Barra, desde que antes passássemos com ela e com o namorado na Guarda do Embaú para que eles fizessem suas tatuagens e assim jurassem amor eterno. Combinação aceita. Caronas sempre são válidas, ainda mais que queríamos sair logo da "pousada" dos meninos. A Mone me olha e diz:
- Não esquece de pegar o recarregador da bateria do meu celular.
- Que marca é o teu celular? Pergunto eu, ainda de ressaca.
- Nokia.
- Se pegar o da Mone, pega o meu também! - fála a Raica (outra amiga que também estava conosco).
- Que marca é?
- Nokia.
Nestas, me lembrei que tinha que pegar o meu recarregador também.
Que árdua tarefa me deram as meninas! Procurar recarregadores no meio da bagunça da "pousada" dos meninos e aff... como eu estava enjoada... Enquanto elas faziam as malas, eu procurava os recarregadores tentando não me livrar da Chandon da noite anterior. Acho que os meninos estavam na praia, ou dormindo, pois não havia sinal deles no apartamento.
Ás 10h em ponto, a Jaque buzina embaixo do prédio. Lembro que ela buzinou, pois aquele som soou como duas paneladas na minha cabeça. Estavam lá, de malas prontas, ela e o namorado no seu carrão, nos esperando para embarcar. A Jaque era a pessoa mais desapegada dos bens materiais que eu conhecia. Rata de praia mesmo. Vivia queimada de sol, só comia coisas naturebas, vivia praticando yôga, tinha mil tatuagens pelo corpo, lia todos os livros do Buda e só namorava playboys. Chegava até a ser engraçado o tal contraste. Bem, entramos no carro e seguimos em direção a praia da Guarda. Quando chegamos na casa do tatuador, já na Guarda do Embaú, o celular da Mone tocou. A Jaque e o namorado foram entrando na salinha de "operação" para escolherem os desenhos, enquanto a Mone atendia o telefone. Eu e a Raica avistamos um banquinho na salinha de espera e ali nos sentamos. No celular da Mone, do outro lado da linha, estava o Cássio, o menino que nos deu pouso.
- Mone, tenho que falar rápido porque a bateria do meu celular está acabando.
- Fála.
- É sobre isso que quero falar: a bateria do meu celular. Por acaso, vocês não pegaram, assim, meio por engano, um recarregador de bateria?
- Ai, Cássio, imagina se a gente iria pegar um recarregador de bateria? Tá louco?
- Sabe o que é Mone? Nem eu, nem os meninos estamos encontrando os nossos recarregadores e todos os celulares da casa estão ficando sem bateria e logo ficaremos sem comunicação e bibibi... Caiu a ligação.
- O que foi? Perguntou a Raica
- Ai, olha que estranho... o Cássio me ligou pra perguntar se a gente tinha pego o recarregador da bateria do celular dele. Que louco, né? A troco de quê nós iríamos pegar o recarregador dele? Bah, até me senti meio mal agora.
- É não teria porquê.... a não ser que alguém tenha pego por engano, disse a Raica virando-se para mim e esperando alguma atitude.
As duas me olharam e disseram:
- Amiga, vira a bolsa aí no chão.
Ao virar a bolsa, nem eu conseguia acreditar no que estava vendo. Começamos a contar. Um recarregador (talvez o da Mone, pois era Nokia). Dois recarregadores (talvez o da Raica, pois era Nokia). Três recarregadores (talvez o meu, que também era Nokia). Quatro recarregadores. Não sei de quem era o quinto. Nem o sexto e muito menos o sétimo. Eu, num surto de RESSACA havia pego todos os recarregadores da casa e deixado os meninos e a "pousada" sem comunicação com o mundo. Rimos tanto que mal conseguimos ouvir o barulhinho da agulha do tatuador perfurando a pele da Jaque e do Pedro. Rimos taaaaaaaanto que na salinha de espera do tatuador ficaram três pocinhas, pois não deu tempo de acharmos o banheiro. Também não deu tempo de esperarmos para vermos as tatuagens da Jaque e do Pedro com dois corações escrito:
-"Para sempre vou te amar".
Acho que se a gente tivesse visto isto, depois de tudo que aconteceu, teríamos inundado a sala do tatuador!

:-)

LG










quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Movidinhas

Por mais ridículo que isso possa parecer, acho que a maioria das mulheres são "movidinhas" a homem.
Essa história começou quando nós notávamos que uma estava fazendo alguma coisa, ou indo a algum lugar movidas pelo desejo de encontrar ou agradar algum homem. Então quando notávamos essa intenção na outra, sempre largamos: " bah mas tu é bem movidinha mesmo!", claro que a outra sempre tentava se defender mais acabava concordando e dando o braço a torcer.
Achei que depois dos trinta isso tivesse acabado. Que tínhamos nos tornado mulheres tão plenas e absolutas que nos bastávamos sozinhas; mas não. Agora somos mais seletivas e menos afoitas, mas continuamos " movidinhas" sim.
FZ

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Punck Rock


Há alguns meses atrás fui a um aniversário de uma amiga. Como estou numa fase bem caseira ( não necessariamente por opção, mas por necessidade. Ando estudando bastante), quando saio sempre quero fazer alguma coisa se esteja realmente afim de fazer, não saio para fazer social ou média.
Eu estava mega dividida porque no mesmo dia do aniversário eu sabia que rolaria um show de uma banda de punk rock gaúcha muito das antigas que eu amo. Fui ao aniver e estava ótimo, quando saí de lá sugeri ao meu namorado para dar uma passadinha no show e ele disse que não estava afim e tal.......deixei ele em casa e fui para casa.
Mas no meio do caminho a vontade de ver o show foi mais forte do que eu, e acabei passando em frente ao bar.
Tinha uma vaga para estacionar exatamente na porta do bar , não aguentei e estacionei . Dei uma chorada para entrar e ver o final do show, o segurança chamou um cara e disse que eu tinha que falar com ele, bem nessa hora escutei o anúncio do bis!
O cara chegou e eu dei mais uma chorada..... ele disse que tudo bem eu podia entrar, já que era só para escutar o bis.
Nossa me senti muito bem entrando naquele show, escutei as 5 musicas do bis, dancei sozinha e de olho fechado, foi maravilhoso!!!!! Música bem alta e solos de guitarra!!!!!!Quando o show terminou fui me encaminhando para a porta de saída mega feliz, rindo sozinha. Reparei que tinha uma galera diferente de mim, mais parecidos entre eles, e todos me olhavam com uma cara de " que essa patricinha tá fazendo aqui", dai me dei conta que eu era a única loira de cabelo comprido e liso, de vestido curto , maquiada, de brincão e saltão no meio daquela galera.
Eles me acharam estranha ,eu acho , mas eu adorei estar naquele lugar por míseros 20 minutos, me senti livre e feliz.Livre de qualquer preconceito, de qualquer padrão de qualquer culpa. Só queria escutar um som que que gosto, dançar e cantar " amigo punk" bem alto. Eu amo Rock e amo ainda mais Punk rock mas também gosto de me vestir bem, andar de salto, maquiagem, cabelo loiro e liso, brincos, unhas vermelhas e vestidos curtos.Liberte-se e assuma sua identidade!
FZ

O preço de ser eficiente


Eu sempre fui e sou mega agilizada. No trabalho sempre assumi muitas broncas que não eram minhas, e sempre chamava a responsabilidade para mim.Na minha família eu sou a pessoa com mais senso prático entre todos, então acabei me tornando a secretária da minha mãe.
Na realidade com eu sou muito prática e eficiente, não me custa nada fazer as coisas .O que me custa mesmo é ter que dizer não.Agora estou há uma mês de uma prova super importante e estou precisando ser um pouco egoísta e me trancar no meu quarto e só estudar......mas sempre que me chamam eu não consigo não me envolver.
Acho que isso pode ser um tipo de fuga, ajudando os outros não penso nos meus problemas e consigo resolver problemas alheios, e isso acaba me trazendo uma bem estar.
As vezes fico cansada de ser tão solicitada e tento me fazer de louca e fingir que não era comigo, mas vejo como as pessoas se atrapalham e dão mil voltas para resolver uma coisa que para mim é muito simples.
Não sei se ser a secretária geral da família me escraviza, ou é uma fuga, ou faz bem para minha auto estima.
FZ