Semana passada fui à uma consulta médica e no prédio aonde era o consultório tinha um porteiro que era uma figura. Este era um idoso alegre e muito gentil e deu pra notar que aquela conduta era regra na vida dele e não só um momento... Depois de sair de lá, fiquei tentando adivinhar coisas sobre a vida daquele senhor. Pensei em muitas coisas, desde o salário dele, que deve ser pouco, como a maioria dos trabalhadores brasileiros, nesta área, até mesmo sobre a residência dele, que possivelmente é na mesma cidade que a minha, e que é uma cidade, comprovadamente, perigosa e num país que nos envergonha com tanta corrupção. E enfim, tentei imaginar um pretexto para tais atitudes e não encontrei nenhuma evidente.
Ele deve ser um caso raro. É daquelas pessoas que, de fato, acham a tal felicidade nas pequenas coisas da vida. Para estas pessoas a felicidade é eterna. Acontece todos os dias, não precisa esperar por nenhum grande acontecimento. A felicidade pode ser qualquer coisa que acontece ou qualquer coisa que não acontece.
Acho que este tipo de pessoa é muito mais celebridade do que muita gente. É muito mais rico do que muito milionário por aí. É muito mais inteligente do que muito intelectual. Esta pessoa é livre! Não conhece certos adjetivos e não se apega a coisas que não são de verdade.
O que importa está aí ao teu lado, acho que é tudo aquilo que tu conseguiu manter desde que nasceu ou tudo aquilo que conquistamos com os ensinamentos de casa ou do jardim de infância. O difícil é fazer disso tudo uma regra e não só momentos isolados que encontramos somente nas dificuldades.
DURA LIÇÃO, RENATO SUTTANA
Há 2 anos
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