Quando eu era pequena, minha mãe me fez uma saia de papel crepom amarelo para eu pular o carnaval. Eu tava linda. De blusa vermelha, cabelo lisinho escovado (normalmente, ele é crespo!) e minhas havaianas nos pés. Veraneávamos num prédio que tinha milhões de crianças. Foi só eu descer. Nem passei do hall. As minhas coleguinhas (que estavam com aquelas fantasias horrosas e feitas em série),quando me viram, não se aguentaram e rasgaram a minha saia de papel crepom.
Esta passagem faz parte da minha infância. E, me faz concluir que, desde pequeninhas, as mulheres invejam outras mulheres.
Hoje, sei que existem dois tipos de inveja: a boa, que nem seria bem uma inveja e sim uma admiração que te motiva a comprar as mesmas roupas da amiga que ficou linda e freqüentar o mesmo cabeleireiro e, a ruim, que faz com as mulheres destruam o que admiram nas outras mulheres.
A admiração é saudável, uma vez que estimula o companheirismo, a cumplicidade, a troca e nos permite compartilhar nossos gostos com quem gosta da gente.
A inveja destrói mesmo. Ao invés de criar laços, cria ranço, medo de compartilhar e inseguranças.
Quantas vezes alguém, ao invés te elogiar por uma conquista, te colocou pra baixo? Coitadinha da invejosa, né?
Mas, cuidado. Porque, às vezes, a gente até cai na armadilha de dar ouvidos a quem não merece. Se a gente escolheu, temos que ter confiança de que é o melhor.
Uma coisa é uma amiga te dar um conselho. Outra, é uma invejosa te colocar pra baixo.
Pessoas que para se valorizarem tem que destruir os outros não merecem atenção. Nem compreensão.
Hoje, só divido meus segredos e compartilho meus gostos com quem sei que gosta de mim.
Para acabar, na história da saia, como ela era pelo joelho, deu pra arrumar. E quer saber?
Foi um sucesso meu Carnaval. Lancei moda na praia. :-)
LG.
DURA LIÇÃO, RENATO SUTTANA
Há 2 anos
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