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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Desde criança...

Lembro que no colégio eu sempre comprava as brigas de qualquer pessoa que eu acreditava estar sendo injustiçada. Apesar, de ter sido uma criança que sempre foi "A CAPITÃ" de todos os times, eu jogava bem qualquer jogo, ia súper bem nas matérias e era, ainda por cima, uma gatinha. Mas, eu não gostava de andar com as "famosinhas" do colégio, elas queriam muito ser minhas amigas, eu gostava delas, mas elas não eram tão legais com os outros, elas gostavam de tirar sarro daqueles que nao eram tão "legais" quanto elas e eu muitas vezes tinha que brigar com elas por causa disso. NUNCA gostei de sacanear quem é diferente!

Eu era colega de uma vizinha minha, nos conhecíamos desde sempre, éramos e somos até hoje grandes amigas. Ela era e é TOTALMENTE diferente de mim, diga-se de passagem, admiro demais o jeito autêntico dela ser. Mas enfim, ela odiava esportes e por isso não se dava muito bem neles, mas lembro e ela também sempre me diz, que como eu era quem escolhia as pessoas do meu time, eu não queria que ela ficasse por último ali na arquibancada, pois isso ia demonstrar que ela era "ruim" (na cabeça de uma criança), então escolhia ela sempre em primeiro lugar. Todo mundo respeitava ela por causa disso! haha... Ela ainda disse que sempre lembra de um dia que fui questionar uma guria 2 vezes o meu tamanho porque a tal gigante tinha tirado onda com a cara dela... Fui parar na direção milhares de vezes, pois sempre comprava uma briga que nem era minha... pela minha irmã então, perdi as contas de quantas vezes brinquei com quem abusava da timidez dela e roubava as suas balas...

Eu não consigo ser omissa ao sofrimento das pessoas que amo e também aquelas que não conheço... A primeira vez que fui parar na terapia, minha mãe queria que eu tratasse este meu jeito, ela não queria que eu sofresse tanto, pois a vida é sinistra mesmo... Quando era criança eu era o extremo, quando via uma criança pedindo esmola, meu pai, por exemplo, já sabia que se me olhasse eu ia estar chorando, então por diversas vezes ele desviava do caminho dele, comprava uns lanches, voltava para onde aquela criança estava e assim eu, ele e a criança comíamos o nosso lanche e conversávamos... eu ficava MEGA feliz, mas sempre quando imaginava que aquela criança ia voltar a ter aquela mesma vida eu ficava ARRASADA!

Depois de adulta, sempre tinha comida no carro para dar para quem encontrasse nas sinaleiras, me fortifiquei um pouco, mas até hoje não consigo ser indiferente... Uns dos psiquiatras que fui, para fazer uma consulta, fui com a minha mãe até, me disse, "Sabe qual é o teu "problema"? Tu tem um rico de um caráter". Nossa, eu não tinha idéia disso! Pensava que eu era uma aberração por ser TÃO assim!

P.A.Z.

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