Ontem, minha mãe me convidou pra assistir a uma palestra que ela iria ministrar. Confesso que tava meio sem saco, cansada e cheia de coisas pra fazer... Mas, pô, a palestra era do lado do meu trabalho. Daí, fui.
Tenho que admitir uma coisa: como a gente é boboca. Se doar é tão fácil, tão bom, não custa nada e às vezes a gente resiste, mesmo sabendo que seremos as maiores ganhadoras.
Foi muito louca a coisa toda que se passou. Num determinado momento da palestra, eu sei lá o que me deu (tenho certeza que não foi culpa, pois afinal eu estava lá) que comecei a chorar. Enquanto minha mãe falava, minha cabeça fez toda a àrvore genealógica da família. Pensei quão intensa é a vida e quanto a humanidade roda para repetir os mesmos ciclos. Pensei na minha vó (falescida em 2007). Pensei no meu vô (falescido em 2008). Pensei na minha mãe e pensei em mim, sendo avó... se é que um dia serei. Acho que foi aí que comecei a chorar. Chorei de saudades do que fui. De vontade que o tempo não fosse tão bom e tão cruel. E por sentir todas estas coisas estrangulando meu coração (literalmente) um pouco cada dia. Não, não preciso de Prozac e nem sou deprimida. O mundo é das pessoas que sentem o mundo. Sentem de maneira diferente as coisas de quem apenas passa pelo mundo e tem crisesinhas de "simancol" de vez em quando.Intensas tem crises constantes. E, nem sempre são existenciais. Podem ser de euforia, de amor, de choro, de loucura por doce, putz...Eta coração que bomba, seu!
LG
DURA LIÇÃO, RENATO SUTTANA
Há 2 anos
Um comentário:
Intensa, muito intensa. Eu sou in, sou tensa e tuuuudo!! Belo texto!
Beijos
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